segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Despertar

    Obviamente, nada na vida é eterno e imutável. Por mais que saibamos disso, existem momentos em que nos acomodamos com a vida e deixamos de buscar conhecimento, objetivos, mudanças; ainda mais quando já estamos naquele ponto em que mais apanhamos do que batemos.
    Minha vida estava assim. Eu estava assim: em pedaços, destruída. Igual aqueles cachorros surrados na beira da estrada, decidindo se ficaria e esperaria o fim ou se caminhava mais alguns passos. Nesses momentos, a ajuda divina passa como uma onda em nós, revira tudo, nos leva à outra dimensão, outro patamar. Nessas horas que entendemos o real poder dentro de nós.

    Poder. Real. Ilimitado.Inesgotável.

   Eu sentia que algo me levava adiante, não eram mais as forças dos meus músculos, não eram mais meus pulmões, meu coração; era além disso. Eu estava sendo carregada por uma onda de coisas que eu não sabia descrever. Deus? Talvez. Mas se Ele agiu sobre mim foi porque eu consenti. A dor abre portas na nossa mente, na nossa vida. Portas poderosas, fontes de conhecimento e de energia que não podemos experimentar de outro modo.
     Você sente dentro de você que algo adormecido ou derrotado abre os olhos e rompe o silêncio. Você entende que não consegue mais viver como antes, que existe um caminho, uma saída. Surge um sexto sentido, um instinto.
       Então você está, finalmente, desperto. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O resgate de uma loba.

Recordo-me de que quando tinha por volta dos 15, 16 anos; eu era implacável: estabelecia metas e as conquistava. Não havia "não" no meu universo. Eu era uma conquistadora.
Essa fase durou até as 22 anos, quando encontrei um cara e comecei a namorar com ele. E ele me destruiu psicologicamente. Paguei um preço alto por ter deixado ele dominar todo o centro do meu universo e envenenado todas as minhas relações. Fiquei fraca. Perdida e subordinada à vontade de um homem fraco e mesquinho, tranquei meu lado selvagem numa masmorra e joguei a chave fora.
Pior do que sofrer nas mãos de alguém é sofrer nas próprias mãos. Eu não conseguia sair do meu ciclo vicioso por mais que tentasse. 
Até conhecer o Thiago.
A primeira coisa que ele fez foi soltar a loba que eu havia prendido e cuidar dela.No entanto, mesmo hoje, ainda não alcancei aquela velha forma. Os atuais projetos tem exigido de mim aquele velho ritmo, mesmo que nos olhos hajam as chamas, nas atitudes ainda existe um bloqueio. Como uma memória corporal depois de uma forte lesão, o medo de agir como antes é o medo da dor que sentimos antes.
Atualmente, o processo de cura tem alcançado níveis profundos, que eu nem imaginava que pudessem ter sido atingidos por aquela devastação.No entanto, são profundas as raízes da determinação que já tive um dia. 
Ver o progresso após a terra arrasada é alento. E não estar mais sozinha é um conforto. Vislumbrar o que pode acontecer daqui prá frente, com esses planos que tem exigido de mim a minha melhor qualidade, é, ao mesmo tempo, desafiador e apaixonante. Era isso que estava me faltando: resgatar a mim mesma.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Antes de mais nada.

Uma ficha técnica:

Nome: Deborah
Idade: 27
Estado civil: Unida e Estabilizada. ;)
Profissão: Filósofa e Empreendedora.
Ideais: Liberdade, Honestidade e Solidariedade.
Prazeres: fotografia, jardinagem, moda, artesanato, pets, filme e comida.

Justificativa: fiz o blog pra falar justamente sobre as coisas que me dão prazer e, também,  pra poder registrar minha fase atual de adultescência.